25 de novembro de 2008

O sorriso do Paulo Neto é tudo que eu esperava da vida!


A minha infância passa pela a minha cabeça quando vejo o meu filho brincando e crescendo.
Com toda a sua inocência e delicadeza, me vejo nele. A felicidade, a espontaneidade, o sorriso aberto para todos. E é exatamente isso que eu gostaria que ele tirasse de mim. Acho que deu certo.
Meu filho é a alegria de viver em pessoa, mesmo com apenas 6 meses ele tira de todos sorrisos e uma sensação de paz inexplicável. Eu sei que mãe exagera quando fala de filhos mas o Paulo Neto tem algo muito diferente, uma alma serena e uma felicidade que é nato dele.
Todos os dias ao seu lado é um presente que não imaginei ganhar ou melhor, sentir. A minha vida tem mais cor, tem mais cheiro, tem mais gosto.
Como é bom voltar para a casa e vê-lo, pegar no colo e fazê-lo dormir. Ele despertou a criança que tinha ficado só na minha memória.
E com ele, me volto lá na casa que cresci, nas bonecas que mais gostava, nas brincadeiras com o meu irmão, na gaveta que caiu no meu dedão do pé e minha mãe veio me acudir com todo o amor e desespero, que hoje sei o que é isso, amor de mãe.

Agradeço ao meus pais por ter deixado com liberdade viver uma infância gostosa e cheia de imaginação e sonhos. Brincadeiras e gargalhadas, um dia ser professora e outro dia brincar de carrinho com o meu irmão.
Adorava balançar no meu balançinho vermelho e como a vida é uma caixa de surpresas gostosas, o meu pai comprou um grande balanço para mim e para o Paulo Neto ficar juntos.
Ficar neste balanço com ele é viver com toda a intensidade o quanto a vida é boa quando sabemos vivê-la.
E como viver uma vida boa?

Se um dia o meu filho me perguntar isso vou dizer a ele algumas coisas que eu fiz e deu certo:


- Sorrir bastante. Levar a alegria para as pessoas com espontaneidade, mesmo nos momentos mais drásticos da vida.

- Trancar no quarto de vez em quando e sentir que ali é o seu mundo, apesar das dificuldades lá fora, seja feliz sozinho.
- Viver com muita intensidade o que a vida nos proporciona. Às vezes isso pode parecer imaturidade, pode até ser. Mas eu não me arrependi de nada e se hoje sou feliz, devo a isso - viver intensamente cada momento.
- Ser honesto com as nossas vontades sem passar por cima de ninguém, é claro!
- Humildade é a palavra que levo sempre comigo, ninguém perde por ser humilde, somos eternos aprendizes e cada ser humano tem uma maravilha para nos ensinar. Mesmo que seja nos momentos mais difíceis.
- Tenha amigos otimistas e seja um amigo otimista.
- Tenha cuidado com os sentimentos das pessoas, pense muito antes de falar. Existem palavras que doem bastante e que nunca serão esquecidas.
- Cante. Cante o que quiser, mesmo desafinado, cante muito. Eu cantei a minha infância toda e tenho muitas lembranças boas desses momentos.
- Não fique tão preocupado com o que acontece a sua volta, nada melhor do que um dia após o outro. Isso é fato!
- Analise os seus erros. Se persistir, reavalie e procure com alguém de confiança um conselho.
- Tenha amigos e passe madrugadas rindo a toa, assistindo televisão e espere o sol nascer.
- Se der, experimente comer pão com maionese e Coca-cola de madrugada e de pijama com algum amigo (a).
- Ame e respeite os seus pais e irmãos, por mais diferentes que eles são de você.

É isso! Sou isso aí!

5 de novembro de 2008

Não foi fácil, mas não foi impossível!


Olá Pessoal!

Este último final de semana que passou foi uma grande prova de resistência. Ficar sem o meu filhinho Paulo Neto de sexta-feira à domingo. Foi assim a minha primeira experiência sem dormir com o meu filho em casa.


Neste final de semana tivemos uma Convenção da Fórmula P 2009 no Rio Quente Resort em Goiás, uma convenção para discutir as estratégias de negócios e visão da empresa para o ano que vem. Como estou me preparando para voltar a ativa no trabalho e voltarei com o mesmo cargo, Gestora de Atendimento, eu não tive escolha a não ser ir com a equipe.
Assim que soube desta viagem, totalmente a negócios, pensei em levar o Paulo Neto acompanhado com a minha babá mas antes de tomar qualquer decisão refleti e discuti bastante com o meu marido, com a minha mãe e minha sogra e todos nós chegamos a seguinte opinião: deixar o Paulo Neto na casa da minha mãe.

Por que?
Primeiro, fiquei com medo de mosquitos da dengue e febre amarela e etc... lá foi o estado que mais representou casos de febre amarela, o calor é muito intenso e Paulo Neto é ainda um bebê, ficar trancado o dia todo dentro de um flat e estar com ele somente para dormir não sei se seria bom para ele; resumindo: seria melhor para ele ficar na casa da minha mãe onde ele tem o seu berçinho, continuaria com toda a sua rotina de banho e comidinha, estaria com a sua avó materna e com a babá para ajudá-la e eu me sentiria mais segura e tranquila e com certeza, mais concentrada na empresa.

Tive que deixá-lo.

Nestes dias tentei levar os meus sentimentos mais para o lado da razão e não da emoção, me blindei sabendo que eu estava fazendo o melhor para ele e não para mim. Eu só queria que ele ficasse bem, já quanto a mim me segurei o tempo todo. Não chorei durante a viagem, me distraí e quando chegava a noite eu já dormia logo para não ficar lembrando muito. Apesar de ser totalmente impossível esquecê-lo um segundo. Não comentava com ninguém o que estava sentindo, optei por resguardar o que estava vivendo, só cabia a mim esta nova experiência.
No domingo a minha saudade era de tal forma que a emoção começou a tomar conta. E mesmo curtindo uma piscina e sol com a galera da Fórmula P estava com uma saudade enorme e viemos embora à tarde, por volta das 3.
Quando cheguei em Uberlândia já liguei para minha mãe e ele estava dormindo, passei em casa para deixar as minhas malas e logo fui buscá-lo.
Quando eu o vi, no colo da Cris, cheiroso e prontinho para mim, me emocionei. Senti os seus cabelos, fiquei cega, não vi ninguém na minha frente. Eu só queria levar o meu bebê para casa.
Eu não viajo mais sem ele, não dá.
Tenho certeza que aqui ele ficou melhor se caso tivesse ido comigo, mas filho é do lado da mãe, por enquanto.
A noite ele me abraçou e dançamos juntos, de rostinho colado escutando as musiquinhas que ele tanto ama antes de dormir e senti uma felicidade tão imensa por estar com ele, por ser sua mãe.
Me sinto mais forte, pensei que não iria dar conta de ficar sem ele mas vi o quanto amadureci como mulher, como esposa e como profissional. O Paulo Neto veio para me fortalecer, para me ensinar a viver cada dia melhor, dar mais sentido em tudo que faço, que escuto e que falo.
Ele é o meu maior entusiasmo, por ele quero crescer mais ainda na minha profissão e evoluir como ser humano. Quero que ele sinta orgulho de mim e que eu seja a sua fortaleza, assim que ele necessitar estarei pronta para segurar em seu braços e levantá-lo sempre.
Valeu a pena viver tudo isso e me sinto ainda mais mãe, forte e madura, depois deste final de semana.
Obrigado meu filho, por mais esta experiência.
Que Deus te abençoe todos os dias.



Paulo Neto:
tirando um cochilo na rede da casa da vovó.